José Fernando Rocha Doria (1955) é um artista plástico e escultor paulista. Se destaca pela sua educação religiosa, além de suas inúmeras obras de cunho católico.

Nascido na cidade de Campinas SP, reside no momento na cidade de São Carlos SP. Como artista plástico inicia sua carreira no ano de 1978 com sua primeira exposição individual no Conselho Municipal de Cultura, na cidade de São Carlos. Nos anos 79, 82 e 83 realiza outras exposições individuais nos seguintes locais: Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Livraria e galeria de artes Don Quixote, e no Serviço Social do Comercio (SESC).

No ano de 1983 vai para a cidade de Piracicaba trabalhando como cartunista no jornal O Diário. Tendo neste ano o jornal encerrado suas atividades, vai para Santa Bárbara D'Oeste onde residiam seus pais (hoje já falecidos). Ali inicia oficialmente sua caminhada artística. Dividindo um cômodo com seu pai (bancário aposentado) que trabalhava como encadernador, monta seu pequeno ateliê, onde iniciará a produção de suas obras. Colocou-se a produzir em tempo integral assumindo definitivamente seu fazer artístico. Dali inicia suas participações em salões de arte. Naquele momento participa nas cidades mais próximas á sua, como Americana, Rio Claro, Limeira e Piracicaba.

"Eu tinha em mente levar meus trabalhos para os salões para que pudesse passar por uma avaliação de críticos o que me daria a certeza de que o que eu produzia tinha um real valor de arte".

- José Fernando Rocha Dória 

Começam a aparecer os primeiros resultados com classificações nos salões e também prêmios. Em 1984 faz sua primeira coletiva na cidade de Santa Bárbara D'Oeste, SP. Neste mesmo ano é convidado a uma exposição coletiva na cidade de Americana, no Museu de Arte Contemporânea de Americana (MACA), através de sua diretora na época Lucimara Scomparim. Desta coletiva haviam, além de suas obras, as dos artistas: Manezinho Araújo, J Rissim Celso R. Berton, e Aécio de Andrade. Em 1985, realiza exposição individual ainda em Americana, no Bar Cenário 540 Café e Arte, espaço de encontro dos admiradores das artes.

No começo dos anos 1980, estudou para ser um padre da igreja católica por um ano. Em 1986, participou da ultima exposição, chamada "Desinauguração", no Bar Cenário 540, pois o mesmo viria a fechar.  A mostra trazia o titulo "UMA NOITE SURREALISTA - PRÁ LÁ DAS POSSIBILIDADES". Ainda no mesmo ano, participou de várias outras exposições, tanto individuais quanto coletivas. 

Em 1989, Fernando foi classificado para o VII Salão Paulista de Arte Contemporânea. Durante a década de 1980, o artista criou um personagem, chamado de Dr Livingstone (homônimo de um famoso explorador inglês), que mais tarde se tornou seu alter ego, pelo qual assinou várias obras. Largou as artes momentaneamente em 1994. Em 1996, veio novamente a estudar filosofia e teologia, com a finalidade de se tornar um padre, em Brasília. Mais tarde foi mandado Nicarágua, para finalizar seus estudos, voltando ao brasil no final de 1999. Estudou até 2000, quando retornou a produzir arte, desistindo de se tornar padre pela segunda e ultima vez.

Após seu divorcio por volta dos anos 2010, Fernando abandonou a fé católica, se tornando seguidor de uma filosofia gnóstica. Sua produção artística é movida pelo fascínio com a estética barroca e renascentista, se pautando em uma religiosidade com críticas a própria nas entrelinhas, mesclada com outros elementos.

Fontes providas pelo próprio artista.