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Helios Seelinger - Guia das Artes
Helios Seelinger
Informações
Nome:
Helios Seelinger
Biografia

Forma-se na Escola Nacional de Belas Artes - Enba entre 1891 e 1896, e freqüenta também o ateliê dos irmãos Henrique Bernardelli (1858 - 1936) e Rodolfo Bernardelli (1852 - 1931). Aconselhado por Henrique, parte para a Alemanha em 1897, onde permanece até 1900. Freqüenta a Academia Azbe e a Academia de Munique e é aluno do pintor Franz von Stuck (1863 - 1928). Retorna ao Brasil em 1901 e no ano seguinte realiza uma exposição individual na redação da revista O Malho, com boa parte da produção realizada em Munique. A partir de 1902, participa das Exposições Gerais de Belas Artes, e é premiado diversas vezes. Em 1903, conquista o prêmio de viagem ao exterior com o quadro Boêmia, no qual retrata intelectuais do meio carioca, como Gonzaga Duque (1863 - 1911), Fiúza Guimarães, Luis Edmundo (1878 - 1961), João do Rio (1881 - 1921) e Rodolfo Chambelland (1879 - 1967). Na segunda viagem à Europa, orientado novamente por Bernardelli, fixa-se em Paris, onde realiza estudos de aperfeiçoamento com Jean-Paul Laurens (1838 - 1921). Após o fim de sua pensão, retorna algumas vezes à Europa para estadas em Paris e em outras capitais até às vésperas da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando se estabelece definitivamente no Rio de Janeiro. Por volta de 1907, trabalha como assistente do pintor Eliseu Visconti (1866 - 1944) em Paris. Em 1911, realiza pinturas decorativas para o Clube Naval, no Rio de Janeiro. Faz freqüentes viagens a São Paulo e Porto Alegre, para expor ou comercializar suas obras. Atua como ilustrador e caricaturista em publicações como O Malho, Leitura para Todos, Careta, Fon Fon, entre outras. É por vários anos funcionário do Museu Nacional de Belas Artes - MNBA, no Rio de Janeiro, que em 1943 organiza exposição retrospectiva do artista, em comemoração de seu quinqüenário artístico.

Cronologia

Realizou, entre outras, as seguintes exposições individuais:
1902 – Redação da revista O Malho, Rio de Janeiro.
1908 – Museu Comercial, Rio de Janeiro.
1943 – Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
Participou, entre outras, das seguintes exposições coletivas:
1902-04, 12-14, 16-24, 26, 29, 30, 33 – Exposição Geral de Belas Artes, Escola Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (menção honrosa na edição de 1902, prêmio de viagem à Europa na de 1903 e medalha de ouro na de 1908).
1919 – Exposição Carioca de Gravura e Água-Forte, Rio de Janeiro.
1931– Salão Revolucionário, Escola Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1935-37, 39, 40, 42. 43 e 49 – Salão Paulista de Belas Artes.
1948 – Salão dos Humoristas da Sociedade dos Artistas Nacionais, Rio de Janeiro.
1950, 51 – Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (medalha de honra na edição de 1951).
1955 – Salão Nacional de Arte Moderna, no Rio de Janeiro.
1960 – Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro.
Alguns de seus trabalhos foram apresentados postumamente, entre outras, nas seguintes mostras:
1984 – 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, Fortaleza, CE; Museu de Arte Moderna; Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1986 – Pinacoteca do Estado de São Paulo.
2000 – Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.
2002 – Palácio do Itamaraty, Brasilia, DF.
O Museu Dom João VI da Escola de Belas Artes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, possui obras do artista em seu acervo.

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HELIOS SEELINGER (Rio de Janeiro, 1878 — Rio de Janeiro, 1965)
Óleo sobre tela
"Ninfa"
Assinado, datado (1940) e localizado (Rio) no c.i.d.
Medidas: 81 x 61 cm. Emoldurado: 112,5 x 92,5 cm.

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Helios Aristides Seelinger nasceu em 1878, no Rio de Janeiro, e frequentou a Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) entre 1891 e 1896, onde teve aulas no ateliê dos irmãos Henrique Bernardelli e Rodolfo Bernardelli. Aconselhado por Henrique, Seelinger foi para a Alemanha em 1897, onde estudou na Academia Azbe e na Academia de Munique, sendo aluno do pintor Franz von Stuck.
Retornou ao Brasil em 1901 e realizou uma exposição individual na redação da revista "O Malho" no ano seguinte, exibindo grande parte de sua produção feita em Munique. A partir de 1902, ele participou das Exposições Gerais de Belas Artes, conquistando diversos prêmios. Em 1903, ganhou o prêmio de viagem ao exterior com o quadro "Boêmia", que retratava intelectuais cariocas, como Gonzaga Duque, Fiúza Guimarães, Luis Edmundo, João do Rio e Rodolfo Chambelland.
Após a segunda viagem à Europa, Seelinger fixou-se em Paris, onde estudou aperfeiçoamento com Jean-Paul Laurens. Ele retornou ao Brasil pouco antes da Primeira Guerra Mundial e estabeleceu residência permanente no Rio de Janeiro. Durante sua carreira, trabalhou como assistente de Eliseu Visconti em Paris, realizou pinturas decorativas para o Clube Naval e fez frequentes viagens a São Paulo e Porto Alegre para expor e comercializar suas obras. Além disso, atuou como ilustrador e caricaturista em diversas publicações.
Helios Seelinger, durante sua estadia em Paris, trabalhou como assistente de Eliseu Visconti, renomado pintor brasileiro. Eliseu Visconti também estava em Paris na época, onde realizou a maior parte de sua formação artística. A colaboração entre Seelinger e Visconti ocorreu principalmente no contexto das pinturas decorativas para o Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
O Teatro Municipal do Rio de Janeiro, inaugurado em 1909, foi um importante marco arquitetônico e cultural na cidade. Eliseu Visconti foi o responsável pelo projeto artístico e decorativo do teatro, e contou com a colaboração de diversos artistas, entre eles Helios Seelinger.
Seelinger contribuiu com a realização das pinturas decorativas do teatro, que incluíam afrescos, murais e outros elementos artísticos. Como assistente de Visconti, ele desempenhou um papel importante na execução dessas obras, ajudando na concepção e na realização dos trabalhos artísticos.
Vale ressaltar que essa colaboração específica entre Helios Seelinger e Eliseu Visconti no Teatro Municipal do Rio de Janeiro é um exemplo significativo da interação entre artistas brasileiros que estiveram em Paris na época, em busca de aprimoramento artístico e novas influências. A experiência de Seelinger como assistente de Visconti certamente contribuiu para o desenvolvimento de sua própria carreira artística.
Seelinger teve obras expostas no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e na Pinacoteca do Estado de São Paulo (PESP). Em 1943, o MNBA organizou uma exposição retrospectiva do artista em comemoração ao seu quinquagésimo aniversário artístico. Sua trajetória artística foi marcada pela influência do simbolismo e misticismo alemão, especialmente através de Franz von Stuck, bem como por elementos da mitologia grega e do folclore alemão, combinados com temas e manifestações culturais brasileiras. Seelinger também experimentou influências do Art Nouveau e realizou obras com temáticas decorativas.

Texto: Alexandre Paiva Frade
Obras deste artista