José Joaquim Monteiro França
Pindamonhangaba, 1876 - São Paulo 1944.
Além de pintor, foi decorador, professor, jornalista e um dos principais pintores paisagistas do final do século XIX e começo do século XX.
Não existem muitos documentos ou registros sobre a vida pessoal de Monteiro França.
Em 1891, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde se matriculou no Liceu de Artes e Ofícios. Posteriormente na Escola Nacional de Belas Artes, onde foi amigo e aluno de Henrique Bernardelli formando-se em 1904
Em 1905 Monteiro França ganhou bolsa de estudos na Europa pelo Pensionato Artístico de São Paulo. Em Nápoles e Roma, estudou com mestres do Ottocento Italiano como Giuseppe Boschetto e Domenico Morelli e no grupo de pintores Macchiaioli e do divisionismo italiano.
Expos em 1906, em São Paulo.
Em 1911, ao lado de Manuel Madruga, Antônio Parreiras, Georgina e Lucílio de Albuquerque, decorou o pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de Turim, na Itália. Monteiro França, passou a viver na cidade, vindo ao Brasil para exposições.
Em 1912, estudou em Paris, na França, após receber outra bolsa de estudos do Pensionato Artístico de São Paulo.
Monteiro França viveu na Europa até 1914, quando começou a Primeira Guerra Mundial.
Pintou a Sala do Café do Estado de São Paulo, restaurou a tela no teto da Catedral da Sé e, é autor de um importante retrato do Presidente Washington Luís (1869-1957).
Fez parte e foi premiado nas Exposições Gerais Geral de Belas Artes no Rio de Janeiro, 1903, 1904, 1910, 1912 e 1925.
Participou da Exposição Geral de Belas Artes de 1922, ocasião comemorações oficiais do centenário da Independência do Brasil.
Em São Paulo, expos em 1900, 1906, 1912, 1915, 1931 e 1922 em contraponto a semana de Arte Moderna. Quando se fala em arte no Brasil do século XX, é comum lembrar da Semana de Arte Moderna, de 1922, e o movimento que procedeu o evento. No entanto, artistas que anteciparam o modernismo, sofreram uma tentativa de apagão pelo mercado. Com o passar dos anos estes mestres retornam a história por meio das instituições e, novamente, caem nas graças de intelectuais e colecionadores que buscam preservar o conceito de Belo nas artes.
Em 1940, expos no 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte da Prefeitura de São Paulo e realizou sua última exposição, uma Retrospectiva: Obras dos Grandes Mestres e Seus Discípulos (1940, São Paulo - SP)
Obras no acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, MNBA e outros museus.
Imagem: Retrato de Fernando José Sampaio, por Monteiro França em exposição no Museu Paulista