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Sobre Manoel Santiago - Guia das Artes
Sobre Manoel Santiago
Sobre Manoel Santiago
inserido em 2021-11-10 17:01:26
Fundador da Galeria de Arte Paiva Frade em São Lourenço - MG ; Fundador da Galeria Ruptura em São Paulo - SP
Veja outras colunas de Alexandre Paiva Frade
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Considerado um dos mais notáveis pintores impressionistas do Brasil, foi orientador, no Núcleo Bernardelli, de José Pancetti, do então presidente do núcleo Edson Motta, Bustamante Sá, Ado Malagoli, Rescála e Milton Dacosta.
 
Os modernitsas de 22 escolheram o Teatro Municipal de São Paulo para seu manifesto, os do Núcleo Bernardelli optaram pelo porão da Escola Nacional. 
Os objetivos, ao fim, eram muito próximos: A renovação do cenário artístico.
 
Proveniente de Manaus, em 1918 no Pará, foi fundador da Academia Livre de Bellas Artes de Belém. Com Theodoro Braga no Museu Paraense Emílio Goeldi, pinta a flora, a fauna, elementos da arte indígena e, se interessa pela mitologia amazônica.
 
Em 1919, chega no Rio de Janeiro almejando formação na mais importante Instituição do país: a Escola Nacional de Belas Artes. 
 
Fazer carreia artística no Rio de Janeiro não era fácil. Ainda mais na Escola Nacional de Belas, reduto artístico de ensino e tradições e onde artistas docentes e discentes disputavam nos salões anuais de arte. Foi aluno de João Batista da Costa e Eliseu Visconti que em 1923 o homenagearia com a feitura de um retrato assinado e dedicado.
 
Na Capital da República, as condições do amazonense, um desconhecido e sem um mecenas eram difíceis. Precisava impressionar a crítica e os mecenas que, por si, exerciam influências junto a críticos e jornalistas, gerando esta forma encomendas de telas que ajudariam no seu sustento. 
 
No Salão de 1926, chega perto do grande prêmio de viagem ao exterior, com “O Curupira” que representa as visões estranhas da mitologia selvagem. Fica com um prêmio em dinheiro. Entre seus concorrentes estavam Armando Vianna, Manoel Constantino e Candido Portinari que merecem os estímulos da crítica. 
 
Manoel Santiago, o pintor das “Lendas Amazônicas”, em 1967 publica, com o apoio do governo do estado do Amazonas, um livro que é uma compilação de dez narrativas do lendário amazônico, ilustrado com gravuras do próprio pintor. Raimundo Moraes chamou o Curupira de “Deus defensor da floresta” num episódio semelhante ao da mitologia grega que é narrativa visual desde a antiguidade clássica: o encontro das ninfas e do sátiro. 
 
Em 1927, novamente, inspira-se nas lendas para impressionar o público e o júri do salão e, é conferido o prêmio de viagem à Europa pela tela “Marajoaras”. Haydéa Santiago, contemplada com medalha de prata.
 
Em 1929, já em Paris, pinta a tela “Tatuagem” que suscita a estética corporal indígena numa Vênus selvagem. 
 
Em paris seu núcleo de convívio écom velhos amigos como: Di Cavalcanti, Quirino Campofiorito, Armando Vianna e Candido Portinari, que se reunião no Café La Rotonde, de Montpamasse, Aliás, todos estudaram juntos com Chambelland e Batista da Costa no Rio de Janeiro. Portinari e Santiago tinham uma relação próxima e partilhavam do  contexto de redefinição da arte nacional, onde Santiago imprimiu a valorização das lendas da Amazônia um instrumento de nacionalização da arte.
 
Em 1939 recebe medalha de ouro e honra ao mérito.
 
Pintou murais para o Prédio da Alfândega no Rio de Janeiro e para o extinto Instituto do Açúcar e do Álcool.
 
Participou de exposições e mostras como o 
Salão dos Artistas Franceses, 
Salão de Outono
Salão Primavera
Salão Colonial dos Artistas Franceses, 
Salão de Inverno, 
Bienais de São Paulo, 
Salão Pan-americano. 
 
Recebeu os mais importantes prêmios e menções honrosas, nos salões de arte no Brasil e alguns no exterior e, suas obras foram adquiridas por museus Brasileiros e internacionais.
 
Participou da decoração do Teatro Municipal de Manaus.
 
No Palacete Provincial do Amazonas hoje funciona a Galeria Manoel Santiago, localizada no piso superior do edifício é tributo ao artista.
 
O antigo Museu de Manaus, chama-se hoje Museu Manoel Santiago.
 
Santiago estabeleceu uma interpretação de como incorporar as lendas e os índios à cultura nacional, construindo uma visão respeitosa e complexa das lendas e paisagens do meio ambiente amazônico.
 
 
 
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