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Realism: to be or not to be - Guia das Artes
Realism: to be or not to be
Realism: to be or not to be
“Falar de arte realista é falar do passado...”Foi assim que começou uma longa discussão (no bom sentido), com um amigo que adora arte contemporânea.
inserido em 2019-10-02 21:00:13
Colunista: Ana Bittar
Os trabalhos figurativos são destaque em salões e exposições.
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“Falar de arte realista é falar do passado...”

Foi assim que começou uma longa discussão (no bom sentido), com um amigo que adora arte contemporânea.

Todos sabem que sou artista realista, e tenho adotado esta opção de estilo e técnica pois foi o meio pelo qual me levou a gostar e fazer da arte minha profissão.

Sendo jornalista cultural, e tendo uma vivência experimental variada ao longo da minha carreira, pude assimilar diversos tipos de expressões artísticas, e aprendi a apreciar todo segmento,assim como identificar a força transmitida pela arte contemporânea. Sendo um dos seus principais fatores a talvez a rapidez e espontaneidade com que ela se manifesta e outro fator importante é a forma livre com que se apresenta, explorando o lado da apreciação mais democrática daqueles que tiveram pouca oportunidade de ter contato com o mundo da arte de uma forma mais ampla.

 Fato é que cores, brilhos, símbolos, expressões, sentimentos, pinceladas marcadas, texturas, materiais diversos, fazem parte da arte contemporânea, assim como a criatividade e liberdade que podem se transformar em mecanismos de designer influencers, para a sua aplicação junto as mostras arquitetônicas e decorações, transformando-se assim num produto mais comercializável e inserido no contexto econômico atual.

Só que vale lembrar que aarte realista não é somente a arte do passado, talvez este amigo tenha se expressado mal, ou talvez falta-lhe informação, pois mesmo tendo surgido no século XIX na Europa, o Realismo ainda hoje é uma corrente bastante difundida em países como: Estados Unidos, Espanha, Irã, Rússia, entre outros, e tem cada vez mais sido utilizado no hip hop, grafitismo, muralismo, tatuagens e arte digital, onde a realidade 3D adotou este nome não por acaso, mas sim porque o público alvo se tornou mais exigente, intuitivamente ou não, fazendo com que o estudo da realidade se tornasse pauta também contemporânea.

No Brasil encontramos alguns expoentes da arte realista, tais como Ana Bittar, Paulo Frade, Clodoaldo Martins, JesserValzaccchi, Fabio Haibara, Alexandre Reider, George Mend, Douglas Okada, sem deixar de lembrar de Eduardo Kobra, que utiliza técnicas realistas mescladas com o pictórico do muralismo.

A arte não tem intenção de agradar a todos, visto que as preferencias são muitas, os estilos são diversos e as mídias com que a arte se apresenta são cada vez mais distintas, fazendo com que as escolhas e as críticas sejam comuns para todos os artistas.

Certo é que há espaço para todos, e que o realismo continua sendo coisa do presente.

 

Ana Bittar
Jornalista MTB: 0084520/SP
Contatos: anabittar.artist@gmail.com
Instagram: @anabittaroficial

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