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Os Anos Loucos da década de 1920 - Guia das Artes
Os Anos Loucos da década de 1920
Os Anos Loucos da década de 1920
inserido em 2022-02-21 23:38:44
Fundador da Galeria de Arte Paiva Frade em São Lourenço - MG ; Fundador da Galeria Ruptura em São Paulo - SP
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Mudaram as futuras reverberações na estética do mundo.
Na década de 1930 aconteceu uma exposição no Museu Guggenheim de Bilbao, “Anos Loucos de 20”, origem do nome, que retratou uma década hedonista e criativa, após o fim da Primeira Guerra Mundial e da pandemia da Gripe Espanhola em 1918.

Dentro do Art Deco, em 1922, Chiparus criou o estilo criselefantina. Com a descoberta do túmulo do faraó Tutancâmon, e o enorme interesse do mundo pelo Egito as esculturas de bronze com Dentina Olmafi, genericamente conhecido no Brasil como marfim, tomaram nova estética.

Tambem em 1922, falece Joseph Oller 1922, fundador do Moulin Rouge em 1889. Um ícone entre os cabarés que divulgou o Cancan e influenciou pinturas e fotografias e postais.

Entre setembro de 1922 e julho de 1923, para celebrar os cem anos da independência do Brasil, o governo organizou, no Rio de Janeiro, a Exposição do Centenário. Um sucesso, a exposição atraiu mais de três milhões de visitantes e vários expositores estrangeiros.

Octávio Guinle, casado com Beatriz Llambi Campbell a Baby Guinle, constrói entre 1919 e 1923, o Copacabana Palace, o que amplia o interesse dos ricos brasileiros pela Arte Nova e Decorativa.

A partir de 1922, os cinemas foram construídos, a praça Floriano Peixoto no Rio de Janeiro e que lhe deram o apelido de Cinelândia.

Em 1922, culmina a ideia de Di Cavalcanti num evento que acontece, no Teatro Municipal de São Paulo: a “Semana de Arte Moderna”, um movimento rebelde de independência artística.

Na frança a fotografia ganha status de arte e cartazes da época revelam a transição da criação manual para o fabril gráfico.

Em 1928 Le Corbusier foi um dos fundadores do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna.

No Brasil, imigrantes chegam aos milhares, disputando empregos com os negros, filhos da primeira geração de livres e em São Paulo acontece a Semana de Arte de 22.

Basicamente os “anos loucos “, foram uma intensa busca pelo belo e bem, em contraponto ao horror vivido.

O fascínio pelo exótico oriente contido arte europeia, incorpora ao espírito da década num consciente coletivo que reverbera no futuro, onde podemos observar, nas pinturas de duas autoras que não se conheciam e estavam em lados opostos do mundo - A Chinesa de Anita Malfatti e a Dama azul da chinesa Pan Yuliang.

Viveremos novos anos loucos na década de 2020?

Alexandre Paiva Frade

 

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