Com o aumento dos leilões online, o comprador desatento fixa sua atenção apenas no anúncio e no valor que é absurdamente tentador, tornando o negócio viável.
Este momento de "vitória", de satisfação por um negócio bem feito pode se tornar um pesadelo, pra não dizer, uma grande frustração.
Mas o mercado resiste e há sim profissionais capacitados e compradores cada vez mais bem informados atuando com muita cautela e juízo.
Adquirir uma obra de arte, concebida em momento pleno de existência do artista, deveria ser encarado como um ritual, um diálogo, o reflexo da própria alma. É hora de deixar para trás os doze anos de descaso, de ignorância, do “achismo”e começar a filtrar bem o bom negociador dos demais. Eles existem e por trás deles existem aqueles que fomentam e possibilitam a obra do artista continuar viva para nosso deleite e toda posteridade, são eles: os docentes, pesquisadores, historiadores, cientistas, peritos, físicos, químicos, cineastas e uma infinidade de profissionais envolvidos por um único propósito, manter vivo a vida e a obra de um artista. Atualmente temos várias instituições cuidando cada qual do acervo dos seus artistas e também herdeiros que atendem a demanda do mercado.
Nesta vereda as galerias de arte e os leilões em geral, por sua vez, carregam sua parcela de responsabilidade sim e o comprador mais atento pode também contribuir denunciando os comerciantes que impactam negativamente nosso mercado, manchando o legado do artista.
Embora pareça uma operação simples, comprar e vender obras de arte, jóias, antiguidades e etc., demanda de ambas as partes, TEMPO e CONFIANÇA.