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Mercado secundário de arte cresce no Brasil, mas ainda não tem grande expressividade internacional. - Guia das Artes
Mercado secundário de arte cresce no Brasil, mas ainda não tem grande expressividade internacional.
Mercado secundário de arte cresce no Brasil, mas ainda não tem grande expressividade internacional.
inserido em 2024-10-10 18:43:02
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Comparação entre o Mercado Secundário de Arte Brasileiro e o Internacional: Uma Análise Focada na Europa e França

 

O mercado de arte no Brasil, principalmente quando falamos do mercado secundário (leilões), tem enfrentado desafios significativos para acompanhar o ritmo dos mercados internacionais, como os da Europa e dos Estados Unidos. Neste post, vamos fazer uma análise aprofundada que destaca as principais diferenças entre o mercado de leilões no Brasil e o cenário internacional, com um olhar especial para a França.

Movimentação Monetária nos Leilões: Brasil x França

No cenário global, as vendas de arte em leilões chegaram a impressionantes US$ 26,8 bilhões em 2022. Grande parte dessa movimentação ocorreu nos Estados Unidos, Reino Unido e França, que sozinho gerou cerca de US$ 5 bilhões. A França, como o quarto maior mercado de arte do mundo, continua a se fortalecer nesse setor, enquanto o Brasil ainda luta para alcançar esses números.

O mercado brasileiro, por outro lado, opera em uma escala muito menor e é mais focado no mercado doméstico. O que isso significa? Basicamente, as transações de arte no Brasil raramente ultrapassam a marca de US$ 1 milhão, o que limita a visibilidade internacional e a competitividade do nosso país nesse mercado de leilões de alto valor.

O Papel dos Colecionadores e Marchands no Mercado de Arte

Um dos grandes motores do mercado de arte são os colecionadores e marchands. Na França, esses profissionais desempenham um papel central, ajudando a movimentar bilhões em vendas de arte. Com uma base extensa de colecionadores de alto patrimônio (HNW – High Net Worth), a França consegue atrair compradores internacionais, enquanto no Brasil, o número de colecionadores e galerias de grande porte ainda é limitado.

Essa diferença afeta diretamente a capacidade do Brasil de participar dos grandes leilões globais. Sem uma base forte de colecionadores que possam impulsionar as vendas, o mercado brasileiro permanece mais focado nas transações de menor valor e nos artistas locais.

Volume de Lances em Leilões

Quando olhamos para o volume de lances em leilões, a diferença entre o Brasil e a França é ainda mais evidente. Os leilões na França frequentemente envolvem obras de arte que são vendidas por milhões de dólares, atraindo lances de colecionadores internacionais que disputam peças valiosas. Em contrapartida, no Brasil, os leilões raramente alcançam esse tipo de transação de alto valor.

A presença de casas de leilões renomadas, como Sotheby’s e Christie’s, em mercados europeus e nos Estados Unidos também facilita esse tipo de movimentação. Essas casas têm o prestígio e a estrutura para atrair compradores de todo o mundo, algo que falta no Brasil, onde o mercado de leilões é mais restrito e voltado para o mercado interno.

Insights Estratégicos para o Mercado Brasileiro

Diante dessas observações, alguns pontos são cruciais para entender os desafios e oportunidades do mercado brasileiro de arte:

  1. Discrepância em Leilões de Alto Padrão: O Brasil carece de leilões regulares de alto valor, como os que ocorrem frequentemente na França e em outros países europeus. As casas de leilões na França realizam transações milionárias regularmente, algo que o mercado brasileiro ainda não consegue replicar.
  2. Falta de Grandes Casas de Leilões Internacionais: No Brasil, não temos a presença de grandes casas de leilões internacionais, como a Sotheby’s e Christie’s, que facilitam transações de grande valor em mercados como o francês. Essa ausência limita a competitividade do Brasil no cenário global.
  3. Base Limitada de Colecionadores de Alto Patrimônio: O número de colecionadores de alto patrimônio no Brasil é significativamente menor do que em mercados como o francês. Para que o mercado de leilões brasileiro cresça, seria necessário expandir essa base de colecionadores, tanto localmente quanto internacionalmente.

Conclusão

Embora o mercado de arte brasileiro esteja crescendo, ele ainda enfrenta muitos desafios quando comparado a grandes mercados internacionais, como o francês. A França, apoiada por uma base sólida de colecionadores e grandes casas de leilões internacionais, continua a superar o Brasil tanto no volume quanto no valor das vendas em leilões. Para que o Brasil alcance maior relevância no cenário global, será necessário fortalecer o mercado interno e atrair mais participação internacional.

Gostou da análise? Fique por dentro das tendências do mercado de arte seguindo nosso blog!

Fontes:

  • Relatório do Mercado de Arte da Art Basel e UBS 2023
  • Estudo do O Globo sobre o Crescimento do Mercado de Arte
  • Relatório da Artprice sobre o Mercado de Arte Contemporânea 2023
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