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Entre espelhos, ângulos e papagaios: a semana em que a arte revela suas camadas no iArremate - Guia das Artes
Entre espelhos, ângulos e papagaios: a semana em que a arte revela suas camadas no iArremate
Entre espelhos, ângulos e papagaios: a semana em que a arte revela suas camadas no iArremate
inserido em 2025-08-25 19:23:09
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ENTRE ESPELHOS, ÂNGULOS E PAPAGAIOS: A SEMANA EM QUE A ARTE REVELA SUAS CAMADAS NO IARREMATE

A cada semana, o iArremate se transforma em palco onde obras não apenas mudam de mãos, mas de significados. São fragmentos de histórias, atravessando décadas, que reaparecem diante de nós com a mesma urgência de quando foram criados. A semana que se abre traz ecos da vanguarda paulistana, diálogos entre o íntimo e o político, e a vitalidade de artistas que marcaram a paisagem cultural brasileira.

WESLEY DUKE LEE – O GRANDE ESPELHO (TRIUNPHO) / LILITH MAQUIANDO-SE (1966–1986)

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Vinte anos de elaboração se condensam nesta obra híbrida de Wesley Duke Lee. Nanquim, guache, colagem e xerox se entrelaçam em um teatro visual onde Lilith, arquétipo do desejo e da insubmissão, se observa diante do espelho. Parte da série O Triunfo de Maximiliano, a obra captura não apenas a estética da época, mas o espírito de um artista que experimentava o poder do múltiplo, do fragmento e da citação. É espelho e máscara, mito e confissão.

ANNA MARIA MAIOLINO – ESCAPE ANGLE (1971)

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Em Escape Angle, Anna Maria Maiolino registra um rito de passagem: da figuração à abstração, do casamento à autonomia, de Nova Iorque ao reencontro consigo mesma. Carimbos e relevo, organizados em linhas de fuga, sugerem não apenas composição gráfica, mas o ângulo da vida que se abre quando se ousa recomeçar. Mais que gravura, é gesto inaugural de uma artista que faria da experimentação seu destino.

MIRA SCHENDEL – MONOTIPIA (1965)

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A monotipia de Mira Schendel é silêncio materializado. Nela, o espaço em branco não é ausência, mas presença ativa. Cada traço parece surgir como respiração suspensa, como pensamento que se imprime e logo se dissolve. Em sua aparente simplicidade, reside a profundidade de uma obra que sempre oscilou entre o filosófico e o sensível.

BENEDITO CALIXTO – PORTO DO BISPO

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O guache de Benedito Calixto captura o instante em que a paisagem litorânea se torna documento histórico e poético. O porto, representado com precisão e lirismo, revela o olhar de quem fez da pintura um registro do Brasil em transformação. É pintura de memória, mas também de presença, um convite a habitar o século XIX através da cor e da luz.

CLAUDIO TOZZI – PAPAGALIA

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Pop, vibrante e crítico, o Papagalia de Claudio Tozzi é mais que representação da fauna brasileira: é ícone. As cores fortes e a geometria gráfica ecoam o ambiente político dos anos 1970, quando o artista transformava imagens cotidianas em símbolos de resistência e ironia. O papagaio, aqui, é ao mesmo tempo canto popular e comentário sobre vozes coletivas.

CALENDÁRIO DOS LEILÕES DA SEMANA

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