Como Construir Seu Gosto em Arte: Um Guia Completo Segundo os Grandes Nomes do Mundo da Arte
Desenvolver um gosto genuíno por arte não é um privilégio nato nem uma habilidade mística reservada a poucos. É, antes de tudo, um processo consciente de exposição, reflexão e interpretação. Mais do que distinguir o que é “bom” ou “ruim”, trata-se de compreender o que mobiliza você — intelectualmente, emocionalmente e até fisicamente.
A seguir, reunimos orientações dos maiores críticos, curadores, colecionadores e especialistas em mercado de arte para quem deseja construir um olhar mais refinado e pessoal.
1° ENCARE COMO UMA JORNADA PESSOAL
O artigo da Artsy resume bem: o gosto em arte é uma jornada pessoal. Não existe um roteiro universal. O que importa é o que ressoa com você: o significado por trás da obra, a história do artista ou até um detalhe estético que provoca o olhar.
Gilbert Mathews, CEO da Lucifer Lighting, aconselha: “Olhe o máximo de arte que conseguir.” O volume de experiências visuais é fundamental para começar a reconhecer qualidade, intenção e autenticidade.
2° ADOTE A MENTALIDADE DE EXPLORADOR
A crítica Ariella Budick, do Financial Times, compara o desenvolvimento do gosto artístico a uma aventura. Visitar museus, frequentar mostras de diferentes estilos e explorar linguagens visuais que desafiem suas preferências são partes essenciais do processo.
O convite aqui é à curiosidade ativa. Não espere que a arte venha até você.
3° CONFIE NAS SUAS EMOÇÕES E PERCEPÇÕES
Muitos especialistas concordam: valorize sua resposta emocional imediata diante de uma obra.
Shaokao Cheng, colecionador e empresário, resume o sentimento de forma contundente: “Compro arte com o meu corpo tanto quanto com os olhos. Sinto no peito, na garganta, no estômago.”
Antes de racionalizar, permita-se sentir.
4° VARIEDADE E REFLEXÃO CONSTANTE
Expor-se a estilos distintos — do Renascimento à arte digital — é fundamental para amadurecer o olhar.
Registrar suas impressões também é uma prática comum entre colecionadores experientes. Um diário de visitações, anotações em catálogos ou mesmo um arquivo digital podem funcionar como mapa da sua evolução estética.
5° CONTEXTUALIZE COM CURADORIA INTELIGENTE
Curadores de renome internacional, como Hans Ulrich Obrist e Maria Lind, reforçam: cada exposição é uma narrativa. O modo como as obras são agrupadas, os temas destacados e até os espaços vazios contam uma história.
Observar as escolhas curatoriais amplia sua capacidade de leitura e interpretação estética.
7° ESTUDE O MERCADO DE ARTE (COM MODERAÇÃO)
Mesmo quem não coleciona deve acompanhar o mercado, mas sempre com senso crítico. Entender a trajetória de valorização de artistas e os movimentos do mercado é um bom exercício para contextualizar o valor simbólico e econômico das obras.
Plataformas como Artsy, Artnet e, em breve, o iArremate Legacy, são fontes relevantes para essa pesquisa.
Mas um alerta é unânime entre os especialistas: o valor de mercado jamais deve ser o único critério.
8° DIALOGUE COM OS FORMADORES DE OPINIÃO
Estar atento ao que dizem críticos, curadores e colecionadores é fundamental. Nomes como Hans Ulrich Obrist, Maria Lind, Nicolas Bourriaud e Ariella Budick oferecem reflexões valiosas sobre o papel da arte na sociedade contemporânea.
E dentro desse cenário, destaca-se também a visão de Vinicius Villela, CEO do iArremate, que sintetiza com precisão o processo emocional e intelectual por trás da formação de gosto:
“O gosto pela arte nasce quando a emoção desperta diante de uma obra; dali, inicia-se uma jornada íntima onde cada observador descobre, de forma única, sentidos que a razão não explica — mesmo para aqueles que começam pelo valor material, a arte, quase sempre, os conduz de volta ao encantamento e à descoberta interior.”
9° REGISTRE, REFLITA E DIALOGUE
Gosto se constrói no tempo, mas também no diálogo.
Anote suas impressões, converse com outros apreciadores, compartilhe suas descobertas. Questionar-se constantemente fortalece a percepção crítica e a sensibilidade.
Dica prática: Crie um arquivo chamado "Meu Gosto em Arte" e alimente-o com imagens, textos e reflexões pessoais.
RESUMO PRÁTICO
AÇÃO COMO FAZER
EXPLORE VISITE EXPOSIÇÕES VARIADAS E MANTENHA UM DIÁRIO DE REAÇÕES
REFLITA QUESTIONE-SE POR QUE GOSTA OU DESGOSTA DE UMA OBRA
LEIA & OUÇA SIGA CRÍTICOS E CURADORES NOS MEIOS CERTOS
ESTUDE APRENDA SOBRE CURADORIA E A LÓGICA POR TRÁS DAS EXPOSIÇÕES
DIALOGUE INTERAJA COM OUTROS APAIXONADOS POR ARTE
CONCLUSÃO: GOSTO NÃO É SORTE. É CONSTRUÇÃO
Construir um gosto por arte é um processo ativo, intencional e profundo. Exige curiosidade, estudo, tempo de exposição e disposição para o desconforto que o novo sempre provoca.
A emoção é o primeiro passo. O conhecimento transforma essa emoção em repertório.
E a sua jornada pode começar agora.
iarremate.com