Arcangelo Ianelli (São Paulo SP 1922 - idem 2009). Pintor, escultor, ilustrador e desenhista. Inicia-se no desenho como autodidata. Em 1940, estuda perspectiva na Associação Paulista de Belas Artes e, em 1942, recebe orientação em pintura de Colette Pujol. Dois anos depois, freqüenta o ateliê de Waldemar da Costa com Lothar Charoux, Hermelindo Fiaminghi e Maria Leontina. Durante a década de 1950 integra o Grupo Guanabara juntamente com Manabu Mabe,Yoshiya Takaoka, Jorge Mori, Tomoo Handa, Tikashi Fukushima e Wega Nery, entre outros. A partir da década de 1940, produz cenas cotidianas, paisagens urbanas e marinhas, que revelam grande síntese formal e uma gama cromática em tons rebaixados. Por volta dos anos 1960, volta-se ao abstracionismo informal e produz telas que apresentam densidade matérica e cores escuras. No fim dos anos 1960, sua obra é ao mesmo tempo linear e pictórica, onde se destaca o uso de grafismos. Já a partir de 1970, volta-se à abstração geométrica e emprega principalmente retângulos e quadrados, que se apresentam como planos superpostos e interpenetrados. Atua ainda como escultor, desde a metade da década de 1970, quando realiza obras em mármore e em madeira, nas quais retoma questões constantes na obra pictórica. Em 2002, comemora os seus 80 anos com retrospectiva montada pela Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp.
1927-32 – Estudou, como interno, no Liceu Coraçăo de Jesus, Săo Paulo. 1940 – Frequentou, após um período como autodidata, a Associaçăo Paulista de Belas Artes, onde teve como professores Perissinotto, Angelo Simeone e Mário Zanini. 1942 – Teve aulas de pintura com Colette Pujol. 1944 – Estudou desenho e pintura com Waldemar da Costa, realizando entăo marinhas e paisagens, além de cenas urbanas, utilizando tons mates. 1948 – Passou a integrar o recém-criado Grupo Guanabara, formado em Săo Paulo predominantemente por artista japoneses de nacionalidade ou de origem (como Yoshiya Takaoka, Wega Nery, Takashi Fukushima, Manabu Mabe e Wega Nery). Realizou, nesse período, marinhas, cenas urbanas e paisagens, em tons mates, com grande apuro formal. 1959 – Deixou o Grupo Guanabara, extinto nesse ano. 1960-70 – Voltou-se para o abstracionismo informal. 1966-67 – Permaneceu na Europa em razăo do Pręmio de Viagem ao Exterior. 1974 – Realizou em Săo Paulo um mural em concreto de 20 metros de extensăo. Começou a trabalhar em maquetes para esculturas. Realizou, nestes últimos 26 anos, inúmeras esculturas em mármore e em madeira, bem como vários painéis e murais. Década de 1970 – Caminhou para a abstraçăo geométrica, apresentando, sobretudo, retângulos e quadrados. Neste período, realizou esculturas em madeira e mármore. 1975 – Pręmio da Associaçăo Brasileira de Críticos de Arte. 1988 – Lançado o vídeo IANELLI: artista brasileiro, sob direçăo do crítico Olívio Tavares de Araújo. 1992 – Pręmio Eco Art 92. 1996 – Lançou o livro No mundo das nuvens, para crianças. 1997 – Foi lançado o CDRom Ianelli: Arte do Brasil. 1998 – Inaugurou estátua no Parque da Aclimaçăo, em Săo Paulo. 1999 – Recebeu o pręmio Lumičre, em Roma, Itália. 2001 – Duas esculturas de sua autoria foram colocadas no Parque da Aclimaçăo. “(...) Percebe-se que sua evoluçăo foi orgânica, e que ele chegou ŕ geometria por força de acontecimentos internos de sua própria pintura. E comprova-se que ele foi sempre perfeccionista com cada minúcia da técnica, e com preservar o espaço para a intuiçăo, a sensibilidade e o lirismo.” (Olívio Tavares de Araújo).