Anatol Wladyslaw Naftali (Varsóvia, Polônia, 1913 - São Paulo SP 2004).Formado em engenharia, inicia estudos de pintura com Lucy Citti Ferreira (1911), Yolanda Mohalyi (1909 - 1978). Posteriormente, freqüenta também o ateliê de Flexor (1907 - 1971). A partir da metade da década de 1940 realiza suas primeiras pinturas de caráter figurativo. Por volta de 1950, produz obras inteiramente abstrato-geométrico. Integra o Grupo Ruptura, juntamente com os artistas Waldemar Cordeiro (1925 - 1973), Geraldo de Barros (1923 - 1998), Lothar Charoux (1912 - 1987), Féjer (1923 - 1989), Leopoldo Haar (1910 - 1954) e Luiz Sacilotto (1924 - 2003), em 1952. Em suas telas predominam composições ortogonais e a sugestão do desdobramento sucessivo de planos de cor. A partir do início dos anos 1960, volta ao figurativismo e apresenta formas reconhecíveis, realizadas com grande simplificação formal. Sua produção do período revela um caráter mítico que evoca, por vezes, a obra de Marc Chagall (1887 - 1985).
Realizou as seguintes exposições individuais: 1951 – Galeria Domus, São Paulo 1962 – Galeria Angelesky, Nova York, Estados Unidos. 1963 – Museu Nacional de Belas Artes, Buenos Aires, Argentina. 1966 – Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS. 1979 – Galeria de Arte do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, Santos, SP. 1986 – Galeria de Arte do Centro Municipal de Cultura, Guarujá, SP. 1992 – Rysunki, Muzem Naradowe, Wroclaw, Polônia; Galeria Krytyków Pokaz, Varsóvia, Polônia. 1993 – Pintura e Desenho em Retrospecto, Pinacoteca do Estado, São Paulo. 1997 – Pinturas: peneirando e burilando, Choice Galeria de Arte, São Paulo.
Participou, entre outras, das seguintes exposições coletivas: ca.1948 – Salão do Sindicato das Artistas Plásticos, São Paulo. 1951-67 – Bienal de São Paulo, São Paulo. 1952 – Grupo Ruptura, Museu de Arte Moderna, São Paulo. 1952 – Bienal de Veneza, Itália. 1963 – Bienal de Tóquio, Japão. 1965 – Salão de Arte Moderna de Brasília, DF. 1967 – Salão Municipal de Belo Horizonte. 1977 – Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro. 1978 – As Bienais e a Abstração, São Paulo 1984 – Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, Fundação Bienal São Paulo. 1987 – As Bienais no Acervo do MAC: 1951 a 1985, Museu de Arte Contesmporânea, Universidade de São Paulo, São Paulo. 1994 – Bienal Brasil Século XX, São Paulo. 1998 – Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, Museu de Arte Moderna, São Paulo. 1999 – Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro. 2002 – Grupo Ruptura: revisitando a exposição inaugural, Centro Universitário Maria Antônia, São Paulo; Da Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950, Museu de Arte Brasileira, Fundação Armando Álvares Penteado, São Paulo. 2003 – Cuasi Corpus: arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner, Museo Rufino Tamayo Cidade do México, México. 2004 – Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.