Vida
José Assunção de Carvalho, filho de Josefa Sérgia e Antônio Praxedes de Carvalho, nasceu em Morro da Sela, distrito de São Domingos do Prata, e começou a estudar aos 10 anos em uma escola da zona rural, onde ficou durante apenas dois anos.[2][1] Residiu em Nova Era, onde recebeu marcante influência da paisagem deixada pelo Ciclo do Ouro, inclusive sua degradação,[3]e em Itabira, onde teve uma barbearia.[1]
Exerceu diversas atividades profissionais (lavrador, barbeiro, ajudante de mascate e caixa de bar) até começar, em 1953, a pintar estandartes sob encomenda, após fabricar uma para o sogro em ocasião da Festa de São Antônio.[2]
Em 1974, a carreira decolou após uma encomenda feita em Mariana, quando vendeu 200 quadros para um único cliente e 400 para outro, logo depois, em Ouro Preto.[2]
Foi casado com uma costureira, com a qual viveu durante 56 anos e teve filhos, entre eles a pintora Margarida Maria de Carvalho.[2]
Também foi escritor, tendo inclusive produzido uma autobiografia inédita, tocava violão e bandolim (durante as missas da Catedral Nossa Senhora do Rosário)[1], além de ter sido compositor.[2]
Obras
Segundo cálculo do próprio artista, sua produção artística chegou a 2 mil quadros,[2]espalhados por todos os estados brasileiros.[1]
As paisagens e o cotidiano do interior mineiro, como a religiosidade, marcante também em sua vida, são as principais características de suas obras, assim como o colorido e a coletividade.[2] As minúcias foram rigorosamente retratadas, sendo onipresente um casal de velhinhos.[2]
O aniversário de 100 anos de nascimento do artista foi comemorado com uma mostra formada por 25 obras na Galeria de Arte do BDMG, em Belo Horizonte.[2]
Recepção crítica
Segundo o crítico Márcio Sampaio, José Assunção tinha horror ao vazio,[3] tanto que, segundo a lenda, atribuía o preço dos seus quadros à quantidade de elementos retratados em cada tela.[2] Ainda de acordo com o crítico, suas obras são barrocas, feéricas, dificilmente melancólicas e singularmente saborosas.[2][3]
Premiações
Em 1978, recebeu premiação máxima pelo quadro Folia de Reis, em uma exposição da Asta, no Rio de Janeiro.[1]
Referências
Viva Itabira (2008). Artes plásticas - José Assunção Arquivado em 2 de junho de 2013, no Wayback Machine., acesso em 5 de abril de 2011
Sebastião, Walter (5 de abril de 2011). Festa para os olhos. Jornal Estado de Minas, Caderno EM Cultura
Sampaio, Márcio (abril de 2011). Jose´Assunção: um pintor das festas da fé e do afeto[ligação inativa]. BDMG Cultural, acesso em 5 de abril de 2011
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Assun%C3%A7%C3%A3o_de_Carvalho