Tony Koegl nasceu em Hall, cidade do Tirol, Áustria, no ano de 1898 e teria chegado ao Brasil em 1923. Formado pela Academia de Artes de Innsbruck, deixou seus estudos com a eclosão da I Guerra Mundial e passou a viajar pela Europa, passando por países como Alemanha, Rússia e Itália. No Brasil, residiu na cidade de São Paulo, provavelmente até o ano de 1928, quando teria conhecido Martinho Levy (1892-1967), filho de imigrantes alemães e responsável por trazer o artista para Limeira, em um período em que a cidade passava por uma grande efervescência cultural.
Na cidade, Koegl passou a receber diversas encomendas, sobretudo de retratos para famílias importantes, como os Levy e os Barros Camargo, além de outras instituições tradicionais limeirenses. No final da década de 1930, retornou para São Paulo, onde recebia incontáveis encomendas, sobretudo de retratos de membros das classes alta e média paulistanas. Em sua maioria, eram obras realizadas por meio de fotografias (muitas vezes pintando sobre elas) e com os retratados posando em seu ateliê. Na cidade, participou de algumas mostras solo e coletivas em galerias.
Em linhas gerais, Koegl tinha um traço refinado, utilizando-se de cores claras e composições harmônicas. Com um forte viés acadêmico, seus nus, retratos, alegorias e obras de caráter político-partidário conseguiram cobrir um nicho importante nos mundos paulista e paulistano, no qual fervilhava os debates modernistas. O pintor faleceu em São Paulo, aproximadamente no ano de 1978, deixando um grande legado para a história da arte nacional de matriz imigrante.