Esses conceitos se expressam no objeto-instalação “Se essa rua fosse minha” (2017): uma base retangular em concreto sustenta um tubo de cobre, a partir da qual diversas correntes se estendem pelo chão do espaço expositivo; nas extremidades destas correntes a artista dispôs joias lapidadas a partir de pedras retiradas por Adriana de calçamentos públicos, em diversas cidades. “Os trabalhos tratam de questões acerca da mutabilidade de materiais, de evocar o plano como projeto do controle, apenas como possível modelo de crença consciente da condição inescapável de instabilidade dos sistemas”, reflete a curadora.
Idealizado em 2011, um ano após a criação da Zipper Galeria, o Zip’Up é um projeto experimental, dedicado a propostas curatoriais inéditas. Já recebeu, ao longo de seis anos, mais de quarenta exposições na sala superior da galeria.
A mostra “Plano Imaginado” fica em cartaz até 4 de novembro.
Com curadoria de Cinara Barbosa, a exposição mira “utopias geométricas” que convivem com materiais como concreto, rocha, cobre e vidro. Ao manejar a potência desses elementos, a artista realiza uma mutação de objetos e cria trabalhos que sugerem outras gravitações do tempo e do espaço.