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Sérgio GueriniPolifonias-2024-08-10 - Guia das Artes
Sérgio Guerini - Polifonias
Evento encerrado
Sérgio Guerini - Polifonias
Quando aconteceu
Sábado, 10 Agosto até Sábado, 24 Agosto
Local
Galeria Contempo
Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1644, Jardim América, São Paulo
Conteúdo

 

GALERIA CONTEMPO ABRE EM 10 DE AGOSTO A EXPOSIÇÃO “SÉRGIO GUERINI: POLIFONIAS” DEPÓIS UM HIATO DE 10 ANOS DA ÚLTIMA INDIVIDUAL DO ARTISTA


Após um período de intensa produção, o aquarelista e pintor faz sua estreia no espaço cultural paulistano com 23 obras inéditas que integram a mostra que poderá ser vista pelo público até 24 de agosto
A partir de 10 de agosto a Galeria Contempo recebe, em São Paulo, a exposição “Sérgio Guerini: Polifonias”, onde ficará em cartaz até 24 de agosto. As 23 obras que integram esta mostra, acompanhadas do olhar crítico de Denise Mattar e organização de Matheus Drumond, é a primeira individual desse artista paulista após um intervalo de 10 anos (a última individual foi em 2014 na Monica Filgueira Galeria de Arte) e a primeira dele neste espaço cultural da capital paulista. Pelo conjunto reunido, celebra a trajetória do pintor e aquarelista com trabalhos produzidos na última década.
Desde “Aquarelas e outras imagens”, exposição apresentada em 2012 no Baukurs Cultural, centro de cultura alemã no Rio de Janeiro, Guerini vem continuamente produzindo e reelaborando seu fazer pictórico. A indagação que realiza junto à pintura, por ser alentada e minuciosa, ganha fôlego junto ao tempo e, sobretudo, junto à duração do embate que ele permite. “Esta mostra é uma oportunidade de acompanhar minha produção mais recente e, ainda, conferir alguns trabalhos inéditos produzidos desde minha última individual”, adianta Guerini.
Sobre a realização desta mostra, Monica Felmanas, diretora da galeria, afirma: “Trata-se de um aquarelista e pintor com larga experiência. Para além de sua proximidade com artistas de grande importância, como Luiz Sacilotto e Sérgio Fingermann, está em atividade ininterrupta desde a década de 1980. Embora seu trabalho não lide com as reviravoltas ou modismos comuns ao campo artístico, parece interessante lançar um olhar renovado para sua constância artística junto à aquarela e à pintura”, afirma.
Em relação à exposição, que poderá ser vista no próximo mês, ela endossa que é uma oportunidade de mostrar o que ele vem produzindo e produziu na última década. Além das pinturas e aquarelas, irá incluir entre o conjunto exibido algumas fotografias e cadernos do artista. Desse modo, o que se pretende, complementa, é apresentar a globalidade de sua prática - que inclui até mesmo estudos e esboços. “Nos parece muito curioso que sendo o fotógrafo que é, responsável pela fotografia documental de inúmeros artistas e galerias, ainda se empenhe tanto num trabalho artístico consistente e dedicado. E, sobretudo, que consiga preservar uma linguagem tão pessoal e tocante”, avalia.
Quanto ao nome da mostra, Denise Matar contextualiza: “Polifonia é o nome dado a um estilo de música que surgiu na Idade Média. É uma técnica compositiva que produz uma textura sonora na qual duas ou mais vozes se desenvolvem, preservando um caráter melódico e rítmico. O termo é introduzido aqui para definir a obra de Guerini, reiterando o caráter musical que permeia seu trabalho, sua oposição à ideia do rigor absoluto e a consequente escolha de uma linguagem mutável, na qual ele une cor, textura e forma, preservando o caráter individual dessas ‘vozes’”.
Ainda de acordo com Denise, na obra pictórica de Guerini convivem linhas melódicas que se cruzam constantemente, permitindo o surgimento de estruturas que podem ser totalmente independentes ou complementares. A corporeidade da cor, segundo ela, abre caminho para o mistério e a dúvida a partir de uma infinidade de superposições. São camadas sensoriais, densas, rugosas, porosas, aéreas ou fluidas que convocam a reflexão. Em seu atual momento artístico, Guerini, segundo Denise, propõe construções plásticas estruturadas no vocabulário geométrico, mas uma geometria sensível, bem distante do rigor concretista. A questão poética de Guerini não é a forma em si, mas a construção dos campos de cor e eles se apresentam matéricos, como pele e carne, dentro de um mesmo corpo. Quase não há cores contrastantes em uma mesma obra e, sim, a inserção de diferentes intensidades cromáticas.
Em seu trabalho, diz a curadora, embora o artista trabalhe no campo da abstração, alguns vestígios da realidade surgem aqui e ali. São, segundo ela, insinuações de ambientes arquitetônicos, espaços urbanos, memórias de imagens fotografadas que persistem no arranjo de formas, nas transparências, opacidades e luminosidades. “Sua obra é meditativa, plena de harmonia e dúvidas, instaurando um universo de contraposições entre o denso e o tênue, o eterno e o impermanente, o luminoso e o sombrio, criando uma sutil polifonia entre geometria, cor e emoção”, conclui.
Sobre Sérgio Guerini
Nascido em Santo André em 1961, é pintor, aquarelista e fotógrafo. De formação autodidata, iniciou sua trajetória na fotografia na década de 1980. Interessou-se pela pintura, que de início lhe servia para intervir a partir do uso de aquarela e nanquim em fotos preto e branco tiradas de muros, paredes e interiores. Nessa época conheceu Luiz Sacilotto e por meio dele a prática pictórica tradicional, que incluía a preparação de telas e tintas. Estudou pintura e gravura no ateliê de Sergio Fingermann, e aquarela com Selma Dafrrè e Ubirajara Ribeiro. Em sua trajetória, participou do Salão Paulista de Arte Contemporânea em 1985. Em 1986, neste mesmo salão, recebeu os Prêmios Aquisição e Estímulo, respectivamente. Foi premiado também nos Salões de Arte Contemporânea de Santo André em 1987 e 1988 e participou de exposições nos Estados Unidos, Espanha e Alemanha. Em 2010, fez uma exposição individual de suas aquarelas em Abrantes, Portugal. Atualmente se divide entre sua pesquisa pictórica e a fotografia profissional. Seu trabalho artístico se debruça sobre a ocupação do espaço pictórico, quer seja o papel ou a tela, procurando, num embate contínuo e minucioso, desbravar soluções formais e visuais. Sua pintura se constrói a partir do trabalho intensivo dos planos e da superfície, tanto quanto pelo traslado de elementos da aquarela à pintura de cavalete. Mais que o valor tonal, ele indaga e constrói a superposição, que não raro se vale do acaso. Estão em seu vocabulário os múltiplos elementos do retorno à pintura encabeçado pela chamada “Geração 80”, mas também as ressalvas e suposições que agitaram as querelas à volta da dita morte da pintura (e seu luto subsequente). Daí a agitação que a pintura expõe, preocupada em conjecturar todas as crises e, ciente delas, insistir na pintura.
Sobre Denise Mattar
É curadora com larga atuação no circuito de arte brasileiro. Foi diretora técnica do Museu da Casa Brasileira de 1985 a 1987, do Museu de Arte Moderna de São Paulo de 1987 a 1989 e coordenadora de artes plásticas do Museu de Arte Moderna RJ de 1990 a 1997. Como curadora independente realizou mostras retrospectivas de artistas como Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Prêmio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), Pancetti, Anita Malfatti,Samson Flexor (Prêmio APCA), Portinari, Alfredo Volpi, Guignard, Yutaka Toyota(Prêmio APCA). Em 2020, realizou a exposição “O Fio de Ariadne”, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, que veio a São Paulo para o Instituto Tomie Ohtake em 2021. Em 2022, apresentou “Armorial 50” nas unidades do CCBB de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, “Di Cavalcanti – 125 anos”, na Danielian Galeria, Rio de Janeiro. Integra a ABCA – Associação Brasileira dos Críticos de Arte e a AICA – Associação Internacional dos Críticos de Arte.
Sobre Matheus Drumond
Historiador e crítico, é doutor em História pela PUC-Rio. Foi professor nos departamentos de Teoria e História da Arte da UFRJ (2017-2019) e UERJ (2019-2022). Colaborou com revistas universitárias e de grande circulação, dentre elas Ars (USP), Select e Dasartes. Organizou, entre outras, as mostras “Figurações” e ”Minas: memória moderna”, realizadas pela reitoria da UFMG.
Sobre a Galeria Contempo
A Galeria Contempo é um desdobramento da ProArte Galeria e atua no mercado desde 2013. Idealizada por Monica, Márcia e Marina Felmanas, foi criada com o propósito de reunir a produção artística contemporânea, representando artistas emergentes e talentos promissores. Natan Dias, Thiago Nevs, Mario Morales, JoãonDi Souza, Presto, Greta Coutinho, Marina Ryfler e Pavel são alguns dos que têm se destacado. A Contempo também agrega em seu portfólio obras produzidas por artistas visuais com carreiras consolidadas, como Dolino e os pintores Sérgio Guerini, Rubens Ianelli e Aldir Mendes. Ao reunir diferentes linguagens e expressões (pintura, desenho, gravura, tridimensional, fotografia e a arte de rua), a Contempo pretende abarcar a diversidade da cena contemporânea.


(serviço)
Sérgio Guerini - Polifonias
Abertura: 10 de agosto (sábado), das 10h às 16h
Onde: Galeria Contempo, Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1644, Jardim América, São Paulo
Permanência: até 24 de agosto Horários: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, 10h às 16h
E-mail: contato@galeriacontempo.com.br
Instagram:@galeriacontempo
Site: https://galeriacontempo.com.br/

* Os horários podem variar em função de férias e feriados. Recomendamos ligar antes para verificar.
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