A mostra é uma reorganização e ampliação da exposição sobre o Modernismo.
Reunindo uma seleção de mais de 100 peças dos acervos da Pinacoteca, da Fundação José e Paulina Nemirovsky e da Coleção Roger Wright, a mostra faz a conexão entre a exposição do segundo andar “Arte no Brasil: Uma história na Pinacoteca de São Paulo” e a exposição “Vanguarda brasileira dos anos 1960 – Coleção Roger Wright”, que foi aberta recentemente. Com isso, segundo a Pinacoteca, este passa a ser o único museu de São Paulo que, com 700 obras, distribuídas em dois mil metros quadrados, contam a História da Arte no Brasil do período colonial até os anos 1970.
“As obras da Fundação José e Paulina Nemirovsky já estão na Pinacoteca há alguns anos e elas são obras de grande importância sobre principalmente o período do Modernismo no Brasil. Então toda essa geração de Tarsila do Amaral, de Vicente do Rego Monteiro, Lasar Segall, enfim, artistas que são fundamentais para se entender esse movimento moderno no Brasil estão presentes na coleção, que vieram então se somar à coleção da Pinacoteca para que pudéssemos construir essa grande história sobre arte Moderna no Brasil”, disse a curadora Valéria Piccoli.
A nova mostra do primeiro andar traz importantes momentos do período moderno no Brasil, como as inovações formais do primeiro Modernismo (de Tarsila e Lasar Segall), a preocupação com questões sociais que marca a obra de Portinari e Di Cavalcanti, o interesse pelos artistas autodidatas ou treinados fora das academias de arte (como Volpi, Pancetti e José Antonio da Silva), até a emergência da abstração lírica e geométrica.
A exposição abrange ainda obras do período Concreto e Neoconcreto, finalizando com uma seleção de peças ligadas às correntes mais líricas do abstracionismo.
Colecionadores
José e Paulina Nemirovsky reuniram ao longo de anos uma das mais relevantes coleções de arte moderna brasileira, da qual fazem parte obras icônicas do século XX, como “Antropofagia” de Tarsila do Amaral.
“É um gesto de grande generosidade, uma coleção privada buscar se associar a um museu público e oferecer para os visitantes e para um público mais amplo a possibilidade de ver coisas que antes eram de ambiente privado”, avaliou a curadora.
Os colecionadores buscaram se associar a uma instituição pública com o intuito de dar maior visibilidade a esse patrimônio artístico. Em homenagem ao casal, o conjunto de salas onde ficará exposta a mostra passa a se chamar “Galeria José e Paulina Nemirovsky” e será usado para esta exposição de longa duração.