Dezenas de seres fictícios – em esculturas de cerâmica – são integrados aos ecossistemas: terrestre e aquático.
O termo "Squatt" significa o ato de ocupar espaços sem uso por pessoas que não tem moradia - " Squatters" (posseiros) - e que os utilizam para manifestações artísticas. A artista Ilca Barcellos faz exatamente isso: apropria-se do espaço da Sala Nobre do Centro Cultural dos Correios com suas famosas esculturas "SQUATTERS" - dezenas de seres fictícios, em cerâmica e espuma expansiva, integrados a um ecossistema representado por uma flora natural e rodeados por colagens digitais com a mesma temática (três delas expostas na Bienal Internacional de Curitiba de 2017), que orbitam como novos moradores do espaço natural, organismos pulsantes. Os seres naturais e ficcionais se aproximam, pela forma, pelas cores e/ou pela textura. Parecem conviver em uma simbiose perfeita. Porque a natureza é assim: bela, espontânea, imprevisível e que prende o espectador nas suas dualidades - no diálogo entre a vida e a sua alusão, pela organicidade e pela coexistência no habitat natural. No diálogo entre arte e ciência, natural e artificial. Como os "Squatters" de Ilca Barcellos (expostos na Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba deste ano), que se "apossam" dos nossos sentidos, tornando-os parte dessa ocupação sensorial. Ilca Barcellos é de Pelotas/RS, mas vive e trabalha em Florianópolis/SC. Artista visual, graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestre em Biologia Vegetal pela Universite Pierre et Marie Curie, Paris VI, combina materiais e natureza para expressar seu duplo talento. A curadoria é da Tartaglia Arte que, desde 1950, transmite uma mensagem cultural e artística apaixonada, acessível e devotada. São exposições temporárias ou permanentes, com artistas novatos ou famosos, em várias partes do mundo. Mas tudo com a assinatura de Riccardo Tartaglia e Regina Nobrez, o que confere um atestado de credibilidade e sensibilidade criativa.
VERMELHOS
A série nomeada Vermelhos é uma instalação constituída por uma série de objetos híbridos (natural/artificial) que se mesclam de modo caótico e cuja tessitura se autonomiza a cada montagem em função da combinação dos objetos e da montagem nos diferentes espaços expositivos. Dezenas de hastes florais secas de inflorescências de areca-bambu (Dypsis lutescens) foram coletadas e serviram de receptáculos para as gêmulas (espuma expansiva de poliuretano) que brotam sob superfície do tecido vegetal. Busca-se, desta forma, perturbar os limites entre o natural (ramos vegetais) e o artificial (espuma expansiva), travando um diálogo com estes seres/objetos através dos cheios e vazios, que invadem o espaço como se fossem colônias de seres que se procriam livremente. O previsível-imprevisível ocorre também pela adesão ou não dos volumes de espuma expansiva - material usualmente empregado na vedação de portas e janelas. Neste trabalho, não há obstáculos para a expansão da espuma por isso ela cresce sem limite. Parte dos volumes reverberam das hastes florais caindo sobre o solo em grande quantidade, enquanto que outros volumes são incorporados ao tegumento vegetal. Portanto, trabalha-se no limiar do acaso tanto na fixação/não fixação da espuma - visto que esta se propaga livremente em contato com o ar -, como pela sobreposição das camadas que se fundem umas nas outras formando um tecido de protuberâncias de formas diversas. Por meio desta instalação evocam-se as possibilidades poéticas da dialética entre o pulsar e o acaso da vida; evoca-se tanto a fecundidade da procriação quanto a fragilidade e a excepcionalidade da vida, trava-se um embate entre o controlável-incontrolável, cheios-vazios, e orgânico- artificial.
PULSANTES
Neste projeto apresenta-se uma série de desenhos intimistas e biomórficos que surgem de linhas, manchas ou colagens, nos quais o processo criativo se manifesta de modo intuitivo e imprevisível. Busca experimentar as possibilidades do bidimensional, por meio de linhas amebóides, evocando a pulsação de organismos. Através das intersecções entre as estruturas, estas criações parecem evoluir ou involuir, como num fluxo e refluxo entre os espaços compreendidos do desenho.
Ecos da pele
Ecos da Pele propõe explorar o conceito de pele como metáfora da criação que emerge da epiderme dos seres. Os trabalhos reunidos nesta série exploram, portanto, a ideia de que da pele de um ser matricial – superfície da argila –, ecoam e brotam embriões. Entre fissuras, ranhuras e circunvoluções, vislumbram-se novos seres; evoca-se, no fazer-se, desfazer-se e refazer-se, o processo dinâmico do ciclo da vida. A pele surge como locus de possibilidades que muda continuamente a sua plasticidade.
Curadoria e responsabilidade da exposição,
• Comunicação jornalística local direta em todos os jornais, rádio, TV e fórum social;
• Divulgação de evento do fórum social e newsletter do pacote internacional de clientes da Tartaglia Arte;
• Design gráfico, impressão e divulgação de 2000 convites (formato 15 x 21 cm, 4/4 co-res, folha superior 350g), dos quais 600 convites gerenciados por correios;
• Design gráfico e impressão a cores de 3/4/4 de 440 g / m2 (dimensão externa de 134x299 cm, externo de 80x182 cm, interno de 260x80 cm);
• Design gráfico e impressão de textos em papel adesivo para paredes de exposição;
• Fotos oficiais e vídeos do evento inaugural;
• apresentação e texto crítico,
Título da exposição: Squatters artistia Ilca Barcellos
Curadores: Riccardo Tartaglia e Regina Nobrez
Período: de 13 de maio a 28 de junho de 2020 - entrada gratuita
Local: Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro - Rua Visconde de Itaborai, 20 centro RJ Concebido e organizado Tartaglia Arte, www.tartagliaarte.org
Assessoria de imprensa: Paula Ramagem
Apoio: Centro Cultural Correios - RJ, Circulo Italo Brasileiro-SC,