Com fotos feitas em 30 cidades pelo mundo e prefácio de Rogério Reis. O livro é lindo... ao lado das mais de 100 imagens ele escreve pequenos poemas. Na noite de lançamento haverá também a exibição do filme “Geraldo Melo, Fragmentos de um discurso fotográfico”, baseado no livro.
Foram quase 50 anos entre a primeira foto tirada em Salvador, em 1968, e as últimas séries feitas ano passado, nas viagens a Havana e Nova York. Nesse período, o fotógrafo Geraldo Melo passou por mais de 30 cidades ao redor do mundo, entre elas Amsterdã, Jerusalém, Faixa de Gaza, Macapá, Tanger, Kanpur e Varsóvia. A união de tantas histórias, cores e culturas está na edição bilíngue Fragmentos, que ganhou prefácio de Rogério Reis.
*Durante o evento haverá a exibição do filme “Geraldo Melo, Fragmentos de um discurso fotográfico”, produzido pela Kairós Assessoria de Arte, com base no livro do fotógrafo. Na ocasião, a assessoria de arte receberá inscrições para leitura de portfólios pelo fotógrafo, que serão realizadas no mês de dezembro, em datas a serem agendadas.
Não importa onde esteja, Geraldo Melo sempre busca a essência humana em seus trabalhos. “Tenho que me esvaziar de conceitos, críticas e julgamentos e olhar para as pessoas na sua beleza e fragilidade, buscando aquilo que nos torna iguais. Para mim, fotografar é sempre sofrido, porque é uma busca por identificação. É na volta da jornada fotográfica, quando me deparo com o que consegui produzir, que tenho meus momentos de estar em paz e acreditar que valeu a pena”, diz. “Tudo sempre se encaixa, o próximo e o distante, o novo e o antigo, pois a natureza humana, que é minha matéria-prima, não se modifica”, resume.
O artista, que já teve textos críticos escritos por nomes como Ferreira Gullar e Waly Salomão em trabalhos anteriores, também é o autor dos poemas que acompanham as mais de 100 fotos do livro Fragmentos. “Toda vez que uma imagem captura nossa atenção é por alguma identificação com o que estamos vivendo. Então, assim como um poema, podemos reler uma foto de diferentes maneiras de acordo com nossa capacidade de ver naquele momento”, comenta Geraldo, que em 2017 segue sua jornada em busca de fragmentos na Nigéria e no Vietnã.