As três esculturas que dão nome à mostra foram criadas ao longo de cinco anos de pesquisa e apresentam sintonia com as telas, gravuras e colagens da artista, mas são tridimensionais, uma novidade na carreira de Beatriz. “Sou uma pessoa do bidimensional. Minhas ideias, conceitos estão totalmente ligados ao plano. A maior dificuldade foi começar a raciocinar em três dimensões”, explica.
Dependendo do ângulo em que as obras com mais de 2 metros são observadas, forma-se uma nova identidade para o trabalho. Marola é a maior peças e, segundo Milhazes, tem forte conexão com a ideia de móbile e remete ao ir e vir das ondas. Mariola é doce e popular, e traz ecos da cultura vernacular, uma releitura sofisticada da cultura popular, que alimenta a artista. Já Marilola aborda a sonoridade, num jogo lúdico de palavras.
Beatriz já participou de bienais de Veneza (2003), São Paulo (1998 e 2004) e Shangai (2006). Suas obras integram as coleções de grandes museus, como Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York; do 21st Century Museum of Contemporary Art, no Japão; e do Museo Reina Sofia, em Madri. Neste semestre, ela terá grande parte de sua obra reunida em um volume da série especial que a editora alemã Taschen dedica a grandes pintores contemporâneos.