Já pensou investir numa obra de arte e lucrar com ela? A Housers, uma fintechespanhola, tornou isso possível. Por um valor mínimo de 50 euros, o investidor pode adquirir uma espécie de participação na obra de arte, normalmente da autoria de artistas reconhecidos, e quando esta for vendida ou alugada a escritórios ou eventos, lucrar através dos juros.
A Housers nasceu na capital espanhola há dois anos e oferece a possibilidade de investimentos em “ativos reais e tangíveis”. Para aqueles investidores que gostavam de ser donos de uma obra de arte, esta pode ser uma boa oportunidade, uma vez que “este mercado está mais acessível a um número restrito de pessoas”, explica João Távora, CEO, ao ECO. O processo funciona de maneira bastante simples: na galeria online da Housers serão apresentadas várias obras de arte, entre elas quadros, da autoria de artistas conceituados na área, que poderão ser adquiridos pelos utilizadores. Através de um investimento mínimo de 50 euros, o cliente pode passar a ser dono de uma parte da obra de arte em questão, acabando por ter lucros quando esta for vendida ou até alugada para determinados eventos.
A escola dos projetos passa por vários critérios: “juntamente com um especialista internacional de arte, selecionamos e estudamos ao detalhe a rentabilidade e o potencial desta obra de arte”, diz o CEO da fintech. Atualmente, a Housers tem disponível para investir o quadro Sem Título, de Secundino Hernández, um dos artistas espanhóis mais reconhecidos na área e com bastante projeção internacional, revela em comunicado. Através desse investimento mínimo, “os investidores podem garantir uma poupança para o futuro e rentabilizar o capital investido com segurança e transparência”, lê-se. João Távora explica que “o investimento em obras de arte funciona como uma alternativa de investimento“, o que permite “oferecer aos investidores a oportunidade de diversificarem o seu portfólio e reduzirem o nível de risco”.
Feito o investimento, eis a parte dos lucros. Conforme explica a empresa, a exploração da obra é feita numa primeira fase através da “exposição em grandes escritórios, consultoras e eventos“. No entanto, o objetivo final é vender a obra de arte num espaço de 24 meses. No projeto em questão, por exemplo, a rentabilidade estimada é de 11,56%, um valor que pode variar de acordo com o interesse demonstrado durante a sua “exposição”.
Conforme explica o CEO da Housers, de acordo com o último estudo realizado pela Hiscox, uma seguradora especializada em seguros de obras de arte exposições, museus, galerias e coleções particulares, o mercado online de arte atingiu em 2016 um volume de vendas de 3,4 mil milhões de euros, o que demonstra “o potencial deste mercado”. Para além disso, “uma obra de arte é um ativo relativamente seguro, com pouca volatilidade de valor, oferecendo estabilidade em períodos de crise. Ou seja, o mercado de arte é pouco influenciado por fatores macroeconómicos“.
Fonte: Eco.pt