O lançamento do livro sobre vida e obra do pintor e arquiteto Émile Tuchband - Senhor de Dois Mundos e a abertura da exposição com uma coletânea de obras do artista foi um sucesso. O público lotou as dependências do Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), no bairro de Higienópolis, em São Paulo, nesta quarta, 26 de abril.
O evento fez parte das comemorações de 10 anos de fundação do Instituto Olga Kos, que desenvolve projetos artísticos e esportivos que atendem, prioritariamente, crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual. O livro e a exposição são resultados do projeto "Pintou a Síndrome do Respeito", que edita livros sobre a arte brasileira com intuito de divulgar a diversidade cultural e artística do país.
A filha do pintor, Isabelle Tuchband, participou da noite de autógrafos ao lado do autor do livro, o crítico de arte Jacob Klintowitz. Ela, que também é artista plástica, não escondeu a emoção de se envolver num projeto tão especial.
"É uma emoção muito grande estar aqui esta noite, porque meu pai foi uma grande pessoa, um grande ser humano, e agora é um reconhecimento em poder compartilhar a arte e a alegria dele com as pessoas e mostrar para as pessoas também de onde eu vim. Estou muito feliz e o texto do Jacob está maravilhoso também", declarou.
O evento contou também com a presença de participantes das oficinas de arte do Instituto Olga Kos. Carolina Kanashiro Silva, de 23 anos, estava com a mãe.
"Ela adora participar destes lançamentos e se orgulha em dizer que a obra de arte dela está ali e também gosta porque os amigos vêm e ela os vê". Neide Kanashiro Silva contou como a vida da filha se transformou desde que ela passou a frequentar as oficinas de arte do IOK. " Ela não era muito ligada a desenho, agora ela pinta, desenha, usa cores e as técnicas que eles utilizam, como as formas geométricas como linha reta ou curva, tudo isso ela já conhece e sabe como fazer", destacou.
O IOK beneficia mais de 10 mil pessoas e atende atualmente cerca de três mil crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual, ou que se encontram em situação de vulnerabilidade social, em mais de 40 locais espalhados por todas as regiões da capital paulista. Para a vice-presidente do instituição, Olga Kos, a parceria com a FAAP coroa o todo o trabalho realizado pelo Instituto ao longo desta década. "É um espaço maravilhoso. É um museu diferenciado. Conseguimos estar aqui numa exposição maravilhosa, onde está todo mundo vendo quem é o pintor e quem são os participantes. Depois de dez anos, eu acho que o Instituto IOK merece um evento deste nível".