Inaugurada em 2007, a Galeria Movimento, localizada no Rio de Janeiro, participa pela primeira vez da 13ª edição da SP-Arte – Festival Internacional de Arte de São Paulo -, que será realizado entre os dias 6 e 9 de abril, no Pavilhão da Bienal.
A galeria carioca é representada por uma geração de artistas brasileiros que exploram novas linguagens contemporâneas para se expressar. Ricardo Kimaid Jr, sócio da Movimento, levará para a feira trabalhos dos renomados artistas Tomaz Viana, o Toz, Marcela Gontijo e Walter Nomura, o Tinho.
O artista Walter Nomura, o Tinho, levará para a feira trabalho inédito da série Sete Mares, que vem executando desde 2016. As pinturas são compostas por diferentes motivos a partir de referências do artista, como livros, capas de discos, bonecas de pano, revistas, jornais, fanzines e até mesmo flyers. “Os mares propostos por Tinho não são mares externos, são internos, fazem referência as suas vivências, aos seus repertórios imagéticos que o atravessaram e o atravessam até a atualidade”, explica Ricardo Kimaid Jr, dono da Movimento.
O artista e grafiteiro Tomaz Viana, o Toz, que inicialmente desenvolveu de forma auto biográfica seus famosos personagens, hoje apresenta desdobramentos, com a presença de tradicionalismos na pintura contemporânea, que vão desde temas como naturezas-mortas, florestas e vasos, até a utilização da escrita.
A série de Toz composta por escritos em forma de arranhões sobre tela faz alusão aos seus grafites na área urbana, suscetíveis, segundo o próprio artista, aos constantes apagamentos. “A ideia é revelar o confronto de estéticas, tanto do sistema que quer apagar quanto de outros artistas que querem usar os muros para pintar”, comenta Toz.
Já Marcela Gontijo apresentará trabalhos inéditos baseados no hexagrama do I Ching, uma combinação de origem chinesa que origina 64 outras formas, cada qual com um significado em que a artista se baseia para criar uma trama que se aproxima do espaço urbano, como mapas ou plantas baixas das cidades.
A Galeria também levará obras da exposição New Territories, produzidas em Hong Kong e apresentadas na última individual da artista, no Rio, em 2016.