Carregando... aguarde
Fundação Edson Queiroz realiza exposição no Museu Coleção Berardo, em Lisboa - Guia das Artes
Fundação Edson Queiroz realiza exposição no Museu Coleção Berardo, em Lisboa
Fundação Edson Queiroz realiza exposição no Museu Coleção Berardo, em Lisboa
A mostra é composta por importantes obras do Modernismo brasileiro presentes no acervo da Fundação, como Anita Malfatti e Ismail Nery.
inserido em 2017-09-22 13:57:15
Conteúdo

 Obra Lavadeira

A obra “Lavadeiras do Abaetê”, do pintor José Pancetti, está presente na exposição que pode ser visitada até o dia 4 de fevereiro de 2018, em Lisboa (Foto: Divulgação)

 

O museu mais visitado de Portugal e um dos 100 mais visitados do mundo, segundo a The Art Newspaper, publicação internacional especializada em arte contemporânea, recebe exposição com 76 obras pertencentes à Coleção da Fundação Edson Queiroz, de Fortaleza, de 27 de outubro de 2017 a 4 de fevereiro de 2018. O Museu Coleção Berardo, em Lisboa, apresentará seleção das mais expressivas obras criadas por artistas brasileiros entre as décadas de 1920 e 1960.

Com curadoria de Regina Teixeira de Barros e projeto expográfico de Daniela Alcântara, a mostra Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz faz parte da itinerância com exposições já realizadas na Pinacoteca de São Paulo; na Casa Fiat, em Belo Horizonte; na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre; no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba; e na Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro.

A coleção na mostra

Ao longo dos últimos 30 anos, a Fundação Edson Queiroz (FEQ), mantenedora da Universidade de Fortaleza (Unifor), constituiu uma das mais sólidas coleções de arte brasileira, que percorre cerca de quatrocentos anos de produção artística com obras significativas de todos os períodos. Em 2015, a FEQ começou exposição itinerante por todo o Brasil, passando por São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro. A exposição dá a oportunidade para que mais pessoas conheçam e tenham acesso a um dos acervos de artes visuais mais importantes do Brasil, uma forma de disseminar e democratizar o acesso às artes.

O tema da exposição Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz proporciona uma aproximação com as diversas vertentes, influências e movimentos da arte brasileira do início do século XX. “O recorte escolhido pela curadora possibilita também fazer as mais diversas associações entre a trajetória de nossos artistas e o contexto histórico e artístico internacional. Essas foram décadas marcadas por profundas mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais em todo mundo”, frisa o vice-reitor de extensão da Unifor, professor Randal Pompeu.

 

No Museu Coleção Berardo, um dos destaques será a obra Duas Amigas, de Lasar Segall, pintura referencial da fase expressionista do artista. Por um lado, Segall emprega cores não realistas, imbuídas de valor simbólico, por outro, lança mão de princípios cubistas, simplificando as figuras por meio de planos geometrizados. A exposição percorre também os chamados anos heroicos do modernismo brasileiro, apresentando obras de Anita Malfatti, Antônio Gomide, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Vicente do Rego Monteiro e Victor Brecheret.

A segunda geração modernista, que desponta na década de 1930, está representada por artistas como Alberto da Veiga Guignard, Cândido Portinari, Ernesto De Fiori e Flávio de Carvalho. Deste período, merecem destaque as obras de Alfredo Volpi e José Pancetti que, além de comparecerem com um número significativo de obras na Coleção da FEQ, estabelecem uma transição entre a pintura figurativa e a abstração, apresentada na sequência.

O núcleo da exposição dedicado à abstração geométrica – tendência que desponta nos últimos anos da década de 1940 e se consolida na década de 1950 – abrange pintores do grupo Ruptura, de São Paulo, e artistas dos grupos Frente e Neoconcreto, ambos do Rio de Janeiro. Alguns dos nomes presentes nesse segmento são: Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Hércules Barsotti, Luiz Sacilotto, Lygia Clark e Willys de Castro, entre outros. Dois pioneiros da arte cinética participam deste segmento: Abraham Palatnik, com um objeto cinético, e Sérvulo Esmeraldo, com um Excitável.

Para a curadora Regina Teixeira de Barros, as histórias que delineiam a vizinhança física dos trabalhos artísticos das obras proporcionam diversas possibilidades, uma vez que muitas são as opções apresentadas a um só tempo. “O olhar pode vagar de uma pintura a outra, pendurada ao lado, instalada na parede oposta ou entrevista na sala seguinte. De uma única obra, podem-se desdobrar múltiplas narrativas, que se entrecruzam, se espelham, se confundem ou se confrontam à medida que o olhar avança, retrocede, salta ou recomeça”, ressalta.

 

A exposição encerra com a produção das décadas de 1950 e 1960, revelando uma diversidade de expressões artísticas, tão evidentes nas obras de Ivan Serpa, Tomie Ohtake e Iberê Camargo, quanto nas proposições radicais de artistas que haviam participado do movimento neoconcreto carioca. Trata-se do momento em que uma completa revisão de paradigmas se opera e a arte nacional toma novos rumos, aproximando-se da chamada arte conceitual. A exposição reúne ainda uma seleção de artistas que não aderiram a nenhum grupo da época, mas que adotaram uma linguagem abstrato-geométrica singular, mesclando-a com certo lirismo. Destacam-se, nessa seção, os pintores Antônio Bandeira, Maria Helena Vieira da Silva e Maria Leontina.

Compartilhe
Comente
Últimos eventos
Qua
27/Jul
Bruno Almeida Maia , em entrevista para o GuiaDasArtes - Bruno Almeida Maia , ministrante do curso Constelações Visionárias , a relação entre moda , arte e filosofia nos concedeu a ótima entrevista que se segue :
Saiba mais
Dom
31/Jul
Circuito de arte contemporânea do museu do açude ganha obras permanentes- CIRCUITO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO MUSEU DO AÇUDE GANHA OBRAS PERMANENTES DE WALTERCIO CALDAS, ANGELO VENOSA E JOSÉ RESENDE
Saiba mais
Ter
08/Nov
MAAT: ORDEM E EQUILÍBRIO NO EGITO ANTIGO - O símbolo da ordem, do equilíbrio e da justiça está representado na nova exposição do Museu Egípcio e Rosacruz Tutankhamon que revela o modo como os egípcios entendiam o funcionamento do mundo, pois, para eles, dependia diretamente da deusa Maat.
Saiba mais
Qui
09/Fev
Galeria Paiva Frade - 2023-02-09 - O modernismo do inicio de século XX
Saiba mais
Dom
19/Mar
"Tempos Fraturados" - MAC-USP completa 60 anos com nova exposição
Saiba mais
Qui
22/Fev
Polo Cultural ItalianoRio – arte, design e inovação -
Saiba mais
Qua
28/Fev
Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak -
Saiba mais
Qui
07/Mar
ÁGUA PANTANAL FOGO -
Saiba mais
Seg
18/Mar
Portinari para Crianças -
Saiba mais
Sex
22/Mar
“TOPIARIUS” - Vanessa Freitag -
Saiba mais