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Thomas Ender - Guia das Artes
Thomas Ender
Informações
Nome:
Thomas Ender
Sobre o artista

Análise

Thomas Ender, juntamente com seu irmão gêmeo, Johann Ender, matricula-se na Academia de Belas Artes de Viena, em 1806. Enquanto Johann demonstra interesse pela pintura histórica, Thomas envereda-se pela pintura de paisagens. Em 1810, ele se candidata ao Prêmio Gundel da academia e vence na categoria de desenho de paisagem. Por volta de 1812, começa a desenvolver um estilo próprio na aquarela: usa grande variação de nuances de cores, desenha com mais detalhes a área central da paisagem e sugere um primeiro plano em pinceladas largas.

Em 1815, recebe da Academia de Belas Artes de Viena uma bolsa de estudo que lhe possibilita realizar longas viagens, percorre a região montanhosa de Salzburg, no Tirol e realiza grande número de aquarelas. Ender recebe, em 1817, o Grande Prêmio de Pintura da academia, relativo à pintura de paisagem. O príncipe e chanceler Metternich adquire a paisagem do pintor, torna-se então seu grande incentivador.

Nesse ano, por ocasião do casamento da arquiduquesa austríaca Leopoldina com Dom Pedro de Alcântara, herdeiro real do trono de Portugal e do Brasil, é enviada ao Brasil uma expedição científica de história natural, com o objetivo de reunir informações sobre o país e constituir um museu brasileiro em Viena. Indicado por Metternich, Ender integra-se, na função de pintor, à equipe da expedição, liderada pelos pesquisadores em ciências naturais bávaros: Johann Baptist von Spix (1781-1826) e Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868), entre outros.

Durante sua permanência no Brasil, Ender faz mais de 700 desenhos e aquarelas. A bordo do navio, realiza um panorama circular da Baía de Guanabara e uma série de vistas em separado. No Rio de Janeiro, o artista registra as igrejas, os edifícios públicos, as praças e seus arredores. Retrata a sociedade brasileira da época e a escravidão, que enfoca de modo crítico, se interessa especialmente pelas diversas nacionalidades dos escravos. Em 1818, a viagem científica tem início e seus integrantes dividem-se para explorar diferentes regiões. Ender percorre inicialmente, com Spix e Martius, a região do Rio de Janeiro e São Paulo, registrando paisagens e cidades. No regresso ao Rio de Janeiro, ele adoece gravemente e retorna a Áustria, levando os desenhos e aquarelas relativos à viagem, que em grande parte se encontram atualmente no Gabinete de Gravuras da Academia de Belas Artes de Viena.

Thomas Ender, mais do que qualquer outro viajante do período, domina a pintura de paisagem. Em suas obras, podem-se notar a observação cuidadosa da vegetação, o cuidado acerca das perspectivas e planos e a fixação do espaço urbano sob diferentes pontos de observação.

Biografia


Thomas Ender (Viena, Áustria 1793 - idem 1875). Pintor, aquarelista, gravador e desenhista. Irmão gêmeo do também pintor Johann Ender (1793-1854). Em 1806, aos 13 anos, inicia seus estudos na Akademie der Bildenden Künste Wien [Academia de Belas Artes de Viena]. Dedica-se à pintura de paisagem a aquarela. Recebe vários prêmios na Academia, com destaque para o Grande Prêmio de Pintura, de 1817, na categoria paisagem. O quadro premiado é adquirido pelo príncipe Metternich (1773-1859), que se torna seu principal patrocinador. Em 1817, vem ao Brasil na Expedição Científica de História Natural que acompanha a comitiva austríaca, por ocasião do casamento da arquiduquesa Leopoldina (1797-1826) com Dom Pedro de Alcântara (1798-1834). Em sua curta estada, dez meses, pinta panoramas do litoral e cenas urbanas; retrata igrejas, edifícios públicos e praças. Apesar de executar pouco mais de 700 obras sobre o Brasil, não produz nem publica um álbum com esse material. No entanto, algumas de suas criações aparecem em livros de cientistas naturalistas da época. Esse conjunto de obras está conservado na Academia de Belas Artes em Viena. Retorna a Áustria em 1818 e, um ano depois, acompanha o imperador Francisco I (1768-1835) em uma viagem a Itália, recebendo, em seguida, uma bolsa de estudos em Roma. Em 1824, é nomeado membro da Academia de Belas Artes de Viena e permanece no cargo até 1850. A partir de 1829, paralelamente às atribuições da Academia, torna-se pintor oficial de câmara a serviço do arquiduque Johann (1782-1859), irmão do imperador Francisco I. Nesta atribuição, pinta as paisagens dos Alpes austríacos e das viagens do arquiduque.


Fonte: Itaú Cultural


Fonte: Itaú Cultural

Cronologia


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