Desenhista, pintor e escultor, é formado pela Escola de Belas Artes da UFMG, onde também estudou anatomia humana e animal no Instituto de Ciências Biológicas e integrou o Grupo - Giramundo Teatro de Bonecos - com apresentações no Brasil e no exterior.
Criou técnica para construção de esculturas em aço e cobre e executou monumentos públicos de grande porte. Sérgio estudou pintura mural (grafitto) e escultura em bronze com o italiano Franco Cerri em seu atelier; desenvolveu trabalhos em - fiber glass - com o escultor Wilde Lacerda. Exercitou exaustivamente o desenho da figura humana, o privilégio de trabalhar com modelo vivo, mais que isso, desenhou trapos e tipos das ruas e de hospitais psiquiátricos para aprimorar o conhecimento da expresSão fisionômica em suas figuras.
A contemporaneidade de sua obra não necessita de recursos vulgares. Ao contrário, em seu atelier, podemos contemplar os vários caminhos já traçados, os quais Sérgio poderá tomar quando bem desejar. Do expressionismo ao realismo mágico ou surrealismo. De pranchas de desenhos elaborados à Dürer, à síntese desconcertante de Magritte.
A técnica pictórica é a óleo, desde o fundo preparado em várias etapas à s camadas finais transparentes das veladuras. Sua palheta de tons secos induz à concentração dos símbolos e ao impacto das coisas lembradas, pensadas e sensíveis.
Sérgio Campos abre o conflito do diálogo do expectador consigo mesmo e nós decidimos para onde ir. Quando passamos da continuidade ondulante da composição, em que a relação entre os espaços deixa de ser distinguível, o começo e o fim estão sempre cuidadosamente ocultos. Há o vento, energia do movimento bucólico. Há folhas secas insistentes em dimensionar o tempo. Sobretudo instinto e eventualidade, o destino entregue aos acasos da temporalidade.
Uma natureza e um espaço de autenticidade obsessiva e ilusória, que nos leva a silenciar, a retirar os excessos e a restringir o curso ordinário da existência, para melhor acolher os acontecimentos essenciais.
Com exposições pelo Brasil e exterior, Sérgio Campos vem mais uma vez nos mostrar que o ofício da pintura passa, antes de mais nada, pela técnica apurada e pelo talento.
Sergio Campos - D'apres Portinari
"Menino do Tabuleiro"
A PARTIR DE: Candido Portinari, 1947
Pintura a óleo/tela
Rio de Janeiro, RJ
ESCULTURA EM RESINA PINTADA A ÓLEO: 100 x 81 cm
Um projeto com a iniciativa do artista plástico Sérgio Campos de criar Portinari em esculturas, a partir de seu universo pictórico é uma viva manifestação de admiração e uma sincera homenagem ao maior pintor nacional de todos os tempos. A idéia de tridimensionar suas figuras surgiu há pelo menos duas décadas, como resultado da convivência mais próxima com a obra do pintor através do Projeto Portinari. Com a conclusão do catálogo raisonné, o artista se sentiu determinado a mergulhar na criação. O projeto PALANINHO – esculturas de SÉRGIO CAMPOS – contempla um conjunto abrangente e representativo da obra do Pintor. Cada escultura tem uma tiragem limitada, numerada e assinada. Parte da coleção é disponibilizada para o comércio no mercado de arte e outra a instituições privadas e públicas, com o objetivo de torná-las acessíveis ao público. Até o momento, Sérgio realizou 28 obras inéditas em tamanhos variados.
A criação das esculturas a partir da obra de Portinari, por Sérgio Campos, tem a autorização exclusiva do detentor dos direitos autorais de Candido Portinari.