Envolvido em vários movimentos de vanguarda, incluindo o cubismo, o dadaísmo e o construtivismo, o artista e teórico espanhol uruguaio Joaquín Torres-García influenciou profundamente o desenvolvimento da arte moderna tanto no Velho como no Novo Mundo.

Joaquín Torres-García nasceu em 28 de julho de 1874 em Montevidéu, Uruguai, primeiro filho de pai emigrante catalão e mãe uruguaia-canária. Ele recebeu seu primeiro treinamento formal em arte quando sua família voltou para a Espanha; depois de um estudo privado com um pintor local, matriculou-se na Escola de Belas Artes de Barcelona. Ele logo fez amizade com Pablo Picasso e também com Antoni Gaudí, com quem colaborou em duas catedrais. Ele se estabeleceu em Paris em 1926, onde começou a fazer experiências com o construtivismo e se associou a Piet Mondrian. Retornando ao Uruguai em 1934, fundou a Asociación de arte constructivo e o jornal Circulo y cuadrado, que apresentou a novos públicos em seu país as teorias e estéticas modernistas em desenvolvimento na Europa Ocidental. Em 1942, ele fundou o Taller Torres-García no modelo da Bauhaus; seus discípulos incluiriam Julio Alpuy e Gonzalo Fonseca. Torres-García continuou a ensinar, publicar e expor extensivamente até sua morte em 8 de agosto de 1949 em Montevidéu. Na década seguinte, grandes retrospectivas foram realizadas em Paris e Amsterdã, e o Taller Torres-García continuou a florescer até 1963.

Hoje, a obra de Torres-García pode ser vista no Museo Torres García - o museu fundado pela viúva do artista em Montevidéu - e também no Art Institute of Chicago, no Metropolitan Museum of Art de Nova York e no Bilbao Fine Arts Museum.

Fonte: Sotheby's